terça-feira, 27 de setembro de 2011

Descansar em Deus


Essa semana o cachorro de uma amiga muito amada internou com anemia profunda. Ela, sua mãe e eu ficamos tristes  e preocupadas. Elas muito mais por ver o pobre coitado recebendo soro na veia e fazendo carinha de sem dono. Minha amiga me contou que quando ela foi visitá-lo, ele a esnobou como se ele nao a reconhecesse.
Daí fiquei pensando o que deve ter acontecido, talvez uma sensação de abandono total... E imaginei que o mínimo que deve ter acontecido quando viu minha amiga é que aquela não podia ser a dona dele, por que a dona dele cuida, e não é aquela que deixa dar injeção e nem o deixa a noite toda sozinho.
Mas o cachorrinho recebeu alta e isso foi motivo de muita felicidade pra elas e pra mim, mas quando minha amiga foi buscá-lo, ele a tratou como se não a reconhecesse novamente, frio como uma pedra. Mas quando ele chegou em casa, quando reconheceu seu ambiente, viu seu jardim, sua cama, seu local, ele voltou ao normal, todo serelepe. O que me faz pensar que foi como se ele visse que aqueles são seus donos, por que ele voltou pra casa que cuida e que alimenta e o ama.
Com esse acontecimento fiz um paralelo de como nos relacionamos com Deus nas nossas dificuldades. Às vezes passamos por dificuldades tão fortes, e também por não conseguirmos entender o processo do motivo daquela dificuldade pra Deus, nos sentimos abandonados, rejeitados e mal-tratados pelo nosso Dono.
E ficamos tão feridos que quando temos qualquer contato com Deus, não o reconhecemos por acreditar que Ele, por ser nosso Pai, nosso Criador  e Cuidador, não nos deixaria nessa situação. Ficamos frios diante Dele, e não é por maldade, é por que realmente  naquele momento não conseguimos O reconhecer de verdade.
Nós, como na situação do cachorrinho internado, não  conseguimos ver que aquele sofrimento vem pra curar, pra sarar, e que não vem como castigo, mas vem na sabedoria do nosso Dono que sabe o que faz por nós. Quando voltamos a Sua casa, ou seja, quando voltamos a estar com Deus, então O reconhecemos em sua benignidade, lembramos o quão bom bom é acreditar Nele mesmo quando tudo parece um castigo.
E Deus, assim como a mãe da minha amiga ficou, chora lágrimas de tristeza por nos ver frios na presença Dele,  e anseia mais que tudo que nós voltemos pra casa pra que possamos reconhecê-lo como o Bom Deus que Ele é e suas boas intenções. E quando voltamos pra sua casa a Sua tristeza se finda e somos recebidos com imensa felicidade, como se nunca tivéssemos deixado de reconhecê-lO um dia.
Que possamos estar abertos a Deus nas nossas dificuldades, que não fiquemos frios com Deus, sentindo-nos desamparados por Ele, que tenhamos a certeza de Ele sabe o que faz e tudo que faz é pra o nosso bem. Que descansemos Nele e que vejamos o contato com Deus nas dificuldades como uma benção e um suporte para voltarmos pra casa.
Mariella
27/09/11

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